quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Libelo

Sonhos com fé e amor acalentados
Luta desigual, ímpia tortura
Clamor viril calado na clausura
Garras cruéis são mãos de maus soldados
Reprimindo deste povo seus anseios
Nosso imo calado, vil censura

Num povo varonil não vingam freios
Novamente eis a mão mais poderosa
Novamente zombou deles o Brasil
Eis agora buscando pressurosa
A cortesã do poder, falsa e servil
Outro amante a manter-lhe a vida airosa

Cinco foram de chumbo os maus soldados
Sucedeu-os carente de honra e brio
Seu lacaio, de um pretérito recente
Uma inteira geração anos a fio
Do censor cai na cilada, inocente
E sufraga um desastrado Presidente

De Vargas o censor não quis render-se
Mas seguiu-se a batalha até a vitória
Purgamos a nação de sua escória
E do império do velho setentrião
Já se lhe ouve o estalar do alicerce
Muito em breve seus castelos ruirão

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